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O termo a “mulher balzaquiana” entrou para o dicionário da língua portuguesa e passou a ser referência à mulher de 30 anos. A origem da expressão “balzaquiana” surgiu no romance “A Mulher de Trinta Anos” do escritor francês Honoré de Balzac, publicado em 1842. No livro o autor sintetiza todas as angústias, sonhos e desejos da alma feminina. Na época o livro foi um escândalo, por um lado, devido as convenções sociais, mas por outro lado, conseguiu conquistar a comoção do público.
Balzac foi o primeiro escritor a descrever o drama da mulher malcasada, consciente da razão de seus sofrimentos e revoltada contra a instituição do casamento. Foi o primeiro livro a retratar um romance onde a personagem feminina era uma mulher de trinta anos, idade considerada já madura para a época. Mas de lá para cá, muita coisa mudou.
Depois de muitas lutas e manifestações, a mulher conseguiu um papel de igualdade na sociedade, mas para isso teve que brigar, e muito! No final do século XIX um grupo de mulheres se rebelou para questionar o papel da mulher na sociedade que, naquela época, era comandada pelos homens. Ficaram conhecidas como sufragistas, elas organizavam passeatas pelo direito ao voto e, além de serem repudiadas pela sociedade, eram severamente punidas e presas em alguns casos. Elizabeth Arden, a fundadora da marca de cosméticos que leva o seu nome, lançou um batom vermelho para ser usado nas passeatas, numa época em que a maquiagem era ainda muito marginalizada porque somente moças de conduta duvidosa usavam.
Em 1893 na Nova Zelândia, o movimento sufragista liderado por Kate Sheppard, se tornou o primeiro país a reconhecer o direito do voto feminino. No século XXI, a mulher não se sujeita mais à violência. Atualmente a mulher têm voz ativa na sociedade, e apesar de sofrer algum tipo de discriminação, têm hoje total domínio de sua vida.
Há algumas décadas a mulher de 50 anos já vivia na meia idade, raramente dedicava seu tempo livre para realizar seus sonhos, ela estava destinada a cuidar das tarefas domésticas, cuidar dos filhos, do marido, dos pais e/ou outros dependentes – era uma vida praticamente sem expectativas, tendo como ápice, muitas vezes, cuidar dos netos.
Após séculos de submissão observamos mudanças no papel da mulher na sociedade, ela hoje possui mais direitos do que deveres. A vida da mulher de 50 é bem diferente: ela está em sua plenitude, é segura de si, compartilha todas as tarefas domésticas com seu companheiro/a, é profissionalmente estabilizada, independente financeira e emocionalmente, e têm mais tempo para si mesma.
Cosméticos, terapias e atividades físicas, além dos cuidados com a saúde, são aliados poderosos para se manter em forma. Na plenitude dos 50 anos, a mulher prova que beleza não é privilégio das mais jovens, e o resultado de tudo isso, é uma mulher sexy e consciente da sua realidade. Sem as inseguranças dos 20 anos, a nova mulher de 50, ainda está no auge de sua sexualidade, e aposta numa vida cheia de realizações.
No cenário atual onde muitas pessoas estão assumindo a sua sexualidade, o que era tabu há duas décadas hoje é aceito pela sociedade. Mas o que de fato é ser sexy aos 50? Para muitas mulheres é gostar de si mesma, ser confiante, pensar além da condição estética, e assumir o conceito de beleza real, sem se importar com o que a indústria da beleza e do consumo impõem. Com toda experiência, a mulher de 50 sente-se feliz e realizada consigo mesma – porque têm consciência de suas limitações e possibilidades.
Os padrões de beleza hoje em dia são mais flexíveis, a mulher 50 não se importa com regras estéticas criadas somente para agradar os homens. Em primeiro lugar ela deseja agradar a si mesma, mais tranquila consigo mesma, não encara o espelho como um inimigo, e aposta em relacionamentos intensos e prazerosos.
A vaidade faz parte da natureza das mulheres e, como dizia Elizabeth Arden: “Ser bonita e natural é um direito de nascença de toda mulheres”. Envelhecer faz parte da vida, e viver feliz com dignidade é uma consequência.
50, uma conquista a ser comemorada, aproveite, e sorria para a vida!